quinta-feira, 28 de outubro de 2010
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
Com as malas prontas rumo à Felicidade...
Luís Nachbin, o jornalista que inovou no estilo videorreportagem, apresentando o mundo sob às lentes de sua câmera no programa "Passagem Para...", fala das estradas de sua vida em busca da felicidade!
A vida dele sempre esteve ligada à aventura. Em busca de novas experiências, desde a época de estudante, o jornalista Luís Nachbin inovou em criar uma forma toda específica de fazer jornalismo. Em suas andanças pelo mundo, desvendando peculiaridades de países exóticos e culturas diferentes, introduziu um jornalismo construído na ideia de um viajante e sua câmera na mão, mais voltado para o videorreportagem. E assim o tem apresentado no “Passagem Para...”, programa que produz, dirige e apresenta no Canal Futura desde 2004.
Viajar e se aventurar sempre foi hábito sagrado na vida deste carioca de 46 anos. Uma das primeiras importantes "aventuras" que fez foi decidir cursar uma segunda graduação. Formado em Economia pela UFRJ, na metade do curso já percebia sua infelicidade na profissão e sua inclinação ao jornalismo. “A partir do terceiro período, percebi claramente que não estava feliz. Um dia tomei coragem e parti para uma próxima graduação. Sempre gostei de escrever e achava que escrevia bem. Mas o impulso mais forte em direção ao jornalismo se deu pela paixão que tenho pelo veículo rádio. Imaginava-me feliz para sempre como repórter de esportes, cobrindo treinos e jogos de futebol.”
A paixão pelo rádio foi o pontapé inicial para a mudança profissional. Passou então a cursar jornalismo no conceituado curso de Comunicação Social da PUC-Rio e acumulou estágios em veículos como Rádio Tamoio e TV Educativa.
A nova graduação e os trabalhos como jornalista, no entanto, não preencheram o vazio de sua vida. Nachbin ainda não se sentia completo. Parecia faltar algo: "Aquele realismo mágico de Gabriel Garcia Márquez, que sempre sonhei trazer para minha vida quando lia os livros do autor."
- Tive momentos gloriosos no início de carreira, como previa a minha fantasia, mas comecei a perceber que não estava mais feliz.
A insatisfação o empurrou para mais uma mudança de rumos. Nachbin deixou-se levar pela ideia de mais uma aventura corajosa: viajar com seu melhor amigo à Inglaterra. Sem previsão de volta.
- Há muito que o meu romantismo namorava a ideia de colocar uma mochila nas costas e viver em Londres, mesmo sem poder me manter por lá. Convenci o meu melhor amigo, Kadinho, amigo dos tempos de colégio, a ir comigo. Comprei a passagem por conta própria, ganhei mil dólares do meu pai e embarquei.
Em Londres, teve de dar duro para ganhar dinheiro e se sustentar. Colecionou experiências em restaurantes, trabalhou como faxineiro em alguns estabelecimentos e, mais tarde, como “faz de tudo” no asilo Ellesmere. Experiência que considera ímpar em sua vida.
- Trabalhando, não precisei tocar nos mil dólares do meu pai – momento glorioso para mim, para um pós-adolescente todo orgulhoso. Mas a melhor experiência profissional de todos os tempos, a mais romântica, a mais inesperada, ainda em Londres, foi o trabalho no Ellesmere. Comecei na limpeza, depois fui promovido a handy man – o “faz tudo”. Logo eu, menino tipicamente burguês que, em casa, no máximo arrumava a cama e esquentava o próprio prato quando chegava tarde. No asilo, aprendi um outro modelo de vida. Extraía uma imensa energia das histórias dos velhinhos. O realismo mágico de Gabriel Garcia Márquez eu experimentava pela primeira vez em uma ilha fria do hemisfério norte.
Depois de muito aprender com as histórias que ouvia no Ellesmere e de juntar uma boa quantia de dinheiro, percebeu que já estava na hora de partir para mais uma nova aventura. Foi, então, que resolveu “mochilar” por outro continente e gastar as economias. Viajou durante quatro meses pela Ásia.
Mas foi em São Francisco, Califórnia, depois da viagem pelo continente asiático, que Nachbin tomou uma decisão que iria influenciar sua carreira e mudar sua vida. Numa tentativa de reaproximar-se do jornalismo, ingressou no programa de mestrado em jornalismo da San Francisco State University.
- Sem a menor dúvida, foi o melhor investimento que já fiz em mim mesmo. Eu achava que era jornalista de televisão. Mas eu ainda não era porque eu não entendia nada de estética aplicada ao vídeo. Só sabia escrever e narrar. Ganhei gosto pela arte da fotografia e comecei a sonhar em combinar texto e imagem no mesmo ofício.
Após defender a tese da pós-graduação, voltou ao Brasil e foi contratado como repórter de esporte pela Rede Globo. A euforia, no entanto, não durou muito. Mais uma vez se viu diante de um caminho que não estava o satisfazendo por completo. Ainda lhe faltava uma aventura mais ousada.
Tirou férias na Globo, tomou coragem e começou a produzir vídeo por conta própria. Acreditando que poderia escrever e gravar ao mesmo tempo, amadureceu o projeto de fazer videorreportagem numa “equipe” de uma só pessoa. Foi à Índia e voltou com histórias fortes, desconhecidas, que, depois de produzidas, foram ao ar no Jornal Nacional e no Esporte Espetacular. Começava a fase de felicidade, como ele mesmo ressalta, mais longa de sua existência.
- Depois da ida à Índia (em 1997), produzi muita coisa em andanças solitárias. Gerei várias séries de reportagem para o esporte da TV Globo, trabalhei no programa Muvuca, ancorado pela Regina Casé. E, mais tarde, tive ótimas experiências de produção para o Globo Repórter.
E em 2004, chegou a “glória”: foi convidado pelo Canal Futura para produzir e dirigir a série “Passagem para…”. Já são quase seis anos de Passagem, 144 documentários no ar, 52 países visitados e, segundo ele, nenhum desejo de mudanças radicais.
Além do “Passagem Para...”, Luís Nachbin dá aula na PUC-Rio desde 1995. É professor do departamento de Comunicação Social e leciona no Laboratório de Telejornalismo do sétimo período. "Não abre mão do contato com corações e mentes de 20 e poucos anos. Tenho me sentido muito feliz e realizado”, conclui.
Veja um trecho de "Argentina: o país em uma fila", gravado em 2006.
Confira os lugares onde o 'Passagem Para...' passou durante as seis temporadas do programa:
1ª Temporada (2004)
2ª Temporada (2005)
3ª Temporada (2006)
4ª Temporada (2007)
5ª Temporada (2008)
6ª Temporada (2010)
A vida dele sempre esteve ligada à aventura. Em busca de novas experiências, desde a época de estudante, o jornalista Luís Nachbin inovou em criar uma forma toda específica de fazer jornalismo. Em suas andanças pelo mundo, desvendando peculiaridades de países exóticos e culturas diferentes, introduziu um jornalismo construído na ideia de um viajante e sua câmera na mão, mais voltado para o videorreportagem. E assim o tem apresentado no “Passagem Para...”, programa que produz, dirige e apresenta no Canal Futura desde 2004.
Sempre de malas prontas, Nachbin sai à procura de mundos e histórias sedutoras às lentes de sua câmera.
Viajar e se aventurar sempre foi hábito sagrado na vida deste carioca de 46 anos. Uma das primeiras importantes "aventuras" que fez foi decidir cursar uma segunda graduação. Formado em Economia pela UFRJ, na metade do curso já percebia sua infelicidade na profissão e sua inclinação ao jornalismo. “A partir do terceiro período, percebi claramente que não estava feliz. Um dia tomei coragem e parti para uma próxima graduação. Sempre gostei de escrever e achava que escrevia bem. Mas o impulso mais forte em direção ao jornalismo se deu pela paixão que tenho pelo veículo rádio. Imaginava-me feliz para sempre como repórter de esportes, cobrindo treinos e jogos de futebol.”
A paixão pelo rádio foi o pontapé inicial para a mudança profissional. Passou então a cursar jornalismo no conceituado curso de Comunicação Social da PUC-Rio e acumulou estágios em veículos como Rádio Tamoio e TV Educativa.
A nova graduação e os trabalhos como jornalista, no entanto, não preencheram o vazio de sua vida. Nachbin ainda não se sentia completo. Parecia faltar algo: "Aquele realismo mágico de Gabriel Garcia Márquez, que sempre sonhei trazer para minha vida quando lia os livros do autor."
- Tive momentos gloriosos no início de carreira, como previa a minha fantasia, mas comecei a perceber que não estava mais feliz.
A insatisfação o empurrou para mais uma mudança de rumos. Nachbin deixou-se levar pela ideia de mais uma aventura corajosa: viajar com seu melhor amigo à Inglaterra. Sem previsão de volta.
- Há muito que o meu romantismo namorava a ideia de colocar uma mochila nas costas e viver em Londres, mesmo sem poder me manter por lá. Convenci o meu melhor amigo, Kadinho, amigo dos tempos de colégio, a ir comigo. Comprei a passagem por conta própria, ganhei mil dólares do meu pai e embarquei.
Em Londres, teve de dar duro para ganhar dinheiro e se sustentar. Colecionou experiências em restaurantes, trabalhou como faxineiro em alguns estabelecimentos e, mais tarde, como “faz de tudo” no asilo Ellesmere. Experiência que considera ímpar em sua vida.
- Trabalhando, não precisei tocar nos mil dólares do meu pai – momento glorioso para mim, para um pós-adolescente todo orgulhoso. Mas a melhor experiência profissional de todos os tempos, a mais romântica, a mais inesperada, ainda em Londres, foi o trabalho no Ellesmere. Comecei na limpeza, depois fui promovido a handy man – o “faz tudo”. Logo eu, menino tipicamente burguês que, em casa, no máximo arrumava a cama e esquentava o próprio prato quando chegava tarde. No asilo, aprendi um outro modelo de vida. Extraía uma imensa energia das histórias dos velhinhos. O realismo mágico de Gabriel Garcia Márquez eu experimentava pela primeira vez em uma ilha fria do hemisfério norte.
Depois de muito aprender com as histórias que ouvia no Ellesmere e de juntar uma boa quantia de dinheiro, percebeu que já estava na hora de partir para mais uma nova aventura. Foi, então, que resolveu “mochilar” por outro continente e gastar as economias. Viajou durante quatro meses pela Ásia.
Mas foi em São Francisco, Califórnia, depois da viagem pelo continente asiático, que Nachbin tomou uma decisão que iria influenciar sua carreira e mudar sua vida. Numa tentativa de reaproximar-se do jornalismo, ingressou no programa de mestrado em jornalismo da San Francisco State University.
- Sem a menor dúvida, foi o melhor investimento que já fiz em mim mesmo. Eu achava que era jornalista de televisão. Mas eu ainda não era porque eu não entendia nada de estética aplicada ao vídeo. Só sabia escrever e narrar. Ganhei gosto pela arte da fotografia e comecei a sonhar em combinar texto e imagem no mesmo ofício.
Após defender a tese da pós-graduação, voltou ao Brasil e foi contratado como repórter de esporte pela Rede Globo. A euforia, no entanto, não durou muito. Mais uma vez se viu diante de um caminho que não estava o satisfazendo por completo. Ainda lhe faltava uma aventura mais ousada.
Tirou férias na Globo, tomou coragem e começou a produzir vídeo por conta própria. Acreditando que poderia escrever e gravar ao mesmo tempo, amadureceu o projeto de fazer videorreportagem numa “equipe” de uma só pessoa. Foi à Índia e voltou com histórias fortes, desconhecidas, que, depois de produzidas, foram ao ar no Jornal Nacional e no Esporte Espetacular. Começava a fase de felicidade, como ele mesmo ressalta, mais longa de sua existência.
- Depois da ida à Índia (em 1997), produzi muita coisa em andanças solitárias. Gerei várias séries de reportagem para o esporte da TV Globo, trabalhei no programa Muvuca, ancorado pela Regina Casé. E, mais tarde, tive ótimas experiências de produção para o Globo Repórter.
E em 2004, chegou a “glória”: foi convidado pelo Canal Futura para produzir e dirigir a série “Passagem para…”. Já são quase seis anos de Passagem, 144 documentários no ar, 52 países visitados e, segundo ele, nenhum desejo de mudanças radicais.
Além do “Passagem Para...”, Luís Nachbin dá aula na PUC-Rio desde 1995. É professor do departamento de Comunicação Social e leciona no Laboratório de Telejornalismo do sétimo período. "Não abre mão do contato com corações e mentes de 20 e poucos anos. Tenho me sentido muito feliz e realizado”, conclui.
Veja um trecho de "Argentina: o país em uma fila", gravado em 2006.
Confira os lugares onde o 'Passagem Para...' passou durante as seis temporadas do programa:
1ª Temporada (2004)
2ª Temporada (2005)
3ª Temporada (2006)
4ª Temporada (2007)
5ª Temporada (2008)
6ª Temporada (2010)
White knuckles!
A banda OK Go, célebre na internet depois de criar um clipe coreografado usando esteiras ergométricas para a música “Here it goes again”, em 2006, lançou outro sucesso. O clipe da vez é para a canção “White knuckles”. Em vez de esteiras, os quatro integrantes da banda contracenam com cachorros de todas as raças e tamanhos. Como no vídeo anterior, a ação se passa sem cortes, e não foi divulgado o número de takes para fazer a complexa coreografia dar, finalmente, certo. O vídeo teve quase 3 milhões de acessos em dois dias.
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